“Inovação em tecnologia e soft skills na formação do profissional da contabilidade” foi o tema do painel de abertura do Conexão Contábil Sul, na terça-feira (30). Em formato híbrido, cerca de 2.000 pessoas acompanharam a exposição, somando-se a audiência presente no auditório do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), em Curitiba, e os espectadores virtuais, que tiveram acesso à transmissão ao vivo pelas plataformas Zoom (inscritos), TV CRCPR e canal do Conselho Federal de Contabilidade no YouTube.
“Inovação e tecnologia tocam profundamente, há muito tempo, a Contabilidade no Brasil. O profissional da contabilidade é aquele que, desde muito tempo, foi obrigado a ter contato com certificação digital e com sistemas e tecnologias. Essa familiaridade com inovação e tecnologia são características que combinam bem com o profissional da contabilidade", explicou o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e moderador da palestra, Haroldo Santos Filho. "E o que dizer das soft skills, que nada mais são que habilidades do ser humano que dizem respeito ao seu comportamento em sociedade?”, indagou.
O presidente do CRCPR, Laudelino Jochem, foi um dos palestrantes e iniciou a sua apresentação explicando ao público o conceito de inovação, tanto no campo filosófico quanto no contexto da realidade mercadológica.
“Inovar é a condição indispensável que vai nos separar desse presente que estamos vivendo entre o sucesso e o fracasso”, afirmou Jochem.
Ele também ressaltou a necessidade de os profissionais da contabilidade aprenderem a lidar com o tempo, para que consigam realizar mais inovações. “O primeiro ponto que nós, contadores, precisamos superar é a falta de tempo. Um percentual muito grande, quase a totalidade dos contadores, que efetivamente se engajam em empresas de contabilidade ou em organizações, têm dificuldade de lidar com o tempo”, alertou.
O presidente Laudelino enumerou ainda quatro categorias de habilidades requeridas para que um profissional se torne inovador: qualificação técnica, equilíbrio emocional, visão estratégica e relacionamento/comunicação.
Dando continuidade, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Márcio Schuch Silveira, apresentou um estudo de 2019 sobre competências necessárias para um bom desempenho no mercado. Segundo ele, a pesquisa desenvolvida pela Chartered Global Management Accountant (CGMA) indica que os pontos de partida para o sucesso são a ética, a integridade e o profissionalismo.
“Eu tenho certeza absoluta de que o bom profissional, que tem sucesso na sua carreira, que tem realização pessoal, está em consonância com isso. Ele é ético, íntegro e profissional”, frisou.
Segundo o presidente Márcio, essas qualidades já apareciam na pesquisa em sua edição de 2014, ao lado de conhecimento técnico, entendimento sobre negócios, habilidade de relacionamento interpessoal e capacidade de liderança. Ao revisitar e atualizar o estudo, a CGMA incluiu também na lista o domínio da tecnologia e dos assuntos digitais.
O conselheiro do CFC, Elias Dib Caddah Neto, iniciou sua fala ressaltando a importância da curiosidade do profissional, para que saia da zona de conforto e evolua. Como reflexão inicial, ele esclareceu que, atualmente, não basta ter um currículo robusto, visto que o desenvolvimento de soft skills é fundamental e pesa na avaliação de cada profissional. A lista de habilidades que ele apresentou inclui comunicação, trabalho em equipe, resiliência, proatividade, ética no trabalho, pensamento crítico, criatividade, empatia, liderança, positividade, escuta ativa e gerenciamento de tempo.
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