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Especial CFC Mulher: liderança feminina na Contabilidade

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As histórias de diversas profissões em todo o mundo mostram, nitidamente, que homens e mulheres tiveram e, ainda têm, oportunidades de crescimento profissional diferentes. Assim, para uma mulher conquistar espaço de liderança dentro de uma organização, ela precisa ter dedicação redobrada aos estudos e ao trabalho.

Segundo dados de pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, em parceria com o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), homens e mulheres têm ambições idênticas quando o assunto é conquistar posições elevadas na hierarquia de uma instituição.

Contudo, a pesquisa mostrou, também, o reflexo da desigualdade na ocupação de cargos de chefia. Entre os líderes de equipe, eles são 66% enquanto as mulheres são 33%.

No que se refere à presença das mulheres líderes, especificamente na Contabilidade e no Sistema CFC/CRCs, a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), Suely Maria Marques de Oliveira, é exemplo de força, luta e de conquista feminina por mais espaço e visibilidade. 

Em sua trajetória de estudos, Suely Maria passou por escolas públicas e particulares durante o ensino regular. No ensino superior, a presidente do CRCMG percorreu todos os caminhos disponíveis para os profissionais da Contabilidade, pois cursou o técnico em Contabilidade e, posteriormente, realizou o bacharelado em Ciências Contábeis, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

Nascida em uma família de contadores, desde adolescente, teve a oportunidade de aprender sobre Contabilidade, em um escritório contábil de amigos da família. Uma paixão que surgiu logo cedo e que contribuiu para que Suely trilhasse o caminho que escolheu.

Sobre os primeiros passos de liderança no segmento, Suely conta que, em 1989, constituiu uma empresa contábil e relatou que ainda tem, em sua carteira de atendimento, os primeiros clientes, com quase 33 anos de prestação de serviços.

A trajetória profissional da presidente do CRCMG foi marcada por um início de buscas por parcerias e da construção contínua de contatos profissionais nos mais diversos meios corporativos. “Comecei a participar de eventos ligados à área contábil, congressos, feiras e cafés. Fui convidada para participar da Rede Integrar – Rede de Contabilistas Consultores –, no ano de 2014, da qual fui presidente nos biênios de 2016/2017 e 2018/2019”, relatou.

No Sistema CFC/CRCs, Suely iniciou a participação na liderança contábil no ano de 2017, oportunidade na qual compôs uma das chapas que concorreram nas eleições do CRCMG do referido ano. “Assumi, então, nos dois biênios, as vice-presidências de Ética e Disciplina e de Desenvolvimento Profissional. Esse trabalho foi muito inovador para mim, com evolução tanto no lado profissional quanto no pessoal”, lembrou a presidente.

Segundo a presidente do CRCMG, os números mostram que a participação feminina vem aumentando significativamente. Nos últimos dez anos, o número de mulheres registradas em CRCs subiu 15%. “São quase 230 mil profissionais mulheres com registro no Brasil, enquanto que, em 2012, eram pouco mais de 198 mil”, disse Suely.

A líder do CRCMG afirmou, ainda, que, em Minas Gerais, o número de mulheres profissionais da contabilidade registradas no Conselho é de 24.365, sendo que o de homens é de 29.027. No entanto, com relação ao número de profissionais da contabilidade com formação em Ciências Contábeis, registrados na categoria “contador”, observa-se um empate técnico entre a presença feminina e a masculina: são 17.342 mulheres e 17.118 homens.

A história de Suely Maria assemelha-se à de muitas outras profissionais da Contabilidade. Em todos esses dedicados à profissão contábil, entre lutas e conquistas, ela relata que teve muitas dificuldades e acredita que a maioria das mulheres que iniciaram uma organização contábil também tiveram.

Suely destaca, ainda, que quando iniciou na área, há 33 anos, o mercado contábil era majoritariamente masculino, e que havia certa resistência dos homens em receber orientações de uma mulher, e que isso acontecia dentro e fora das empresas, inclusive na que ela mesma criou.

Porém, com o passar do tempo, na percepção da presidente do CRCMG, essa questão foi vencida. “Eu e minha equipe, na qual também trabalhavam muitas mulheres, conseguimos mostrar que a presença feminina vinha para somar e que poderíamos ser protagonistas juntamente com os homens”, afirmou.

Nesse sentido, o CFC instituiu a Comissão Nacional da Mulher Contabilista, que visa à implementação de ações para ampliar a participação da mulher profissional no cenário contábil, na política e na sociedade. 

E, com o objetivo de expandir o debate sobre a temática e dar destaque à participação da mulher, o CFC realizará o XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista (ENMC).

O encontro tem como foco o protagonismo feminino na Contabilidade e está previsto para acontecer no período de 20 a 22 de setembro de 2023, na cidade de Manaus (AM), com o lema: "A nossa trajetória é o NOSSO sucesso!".

Fonte: CFC
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