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Serviços sobem pelo segundo mês seguido, mas recuperação é lenta

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Último setor da economia a iniciar retomada após o pico da pandemia, os serviços apresentaram crescimento de 2,6% em julho, informou nesta sexta (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foi o segundo mês consecutivo de alta, mas as vendas do setor ainda se encontram 12,5% abaixo do verificado antes da crise. Na comparação com julho do ano anterior, as vendas do setor de serviços têm queda de 11,9%.

O setor de serviços é o principal componente do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e o maior gerador de empregos do país. Sua recuperação é considerada fundamental para definir o ritmo de retomada da economia após as flexibilização das medidas de isolamento social.

"Nesses dois últimos meses há avanço acumulado de 7,9% no setor, mas insuficiente para reverter as perdas acumuladas de 19,8% entre fevereiro e maio", disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, lembrando que a dinâmica do setor é diferente de indústria e comércio.

Indústria e comércio já emendam três meses consecutivos de alta. Este último, que no PIB é parte dos serviços, já recuperou os níveis de venda pré-pandemia e está hoje perto do recorde de outubro de 2014. Lobo diz que a diversidade do setor de serviços e a dependência do contato explicam a recuperação mais lenta.

"Os serviços de caráter presencial ainda vão demorar algum tempo para recuperar o patamar pré-pandemia. Mesmo os que voltaram a funcionar, ainda estão voltando com restrições", disse o gerente do IBGE.

Além disso, diz ele, é o setor com menos impacto das medidas emergenciais concedidas pelo governo após a pandemia. "A renda adicional que o governo dá para as famílias não está sendo direcionada para as pessoas viajarem, para irem a restaurante. Está sendo destinada a coisas essenciais", afirmou.

Segundo o instituto, quatro das cinco atividades pesquisadas mostraram avanço em julho, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,2%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%).

No primeiro caso, o resultado foi puxado por serviços de tecnologia da informação, que atingiram o nível mais alto da série. No segundo, pelo transporte rodoviário de carga, atividade que não sofreu tanto com a pandemia.

Também avançaram as atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,0%) e outros serviços (3,0%).

Já os serviços prestados às famílias ainda encontram grande dificuldade: caíram 3,9% depois de crescer 12,5% em junho e ainda estão ainda 56,6% abaixo do nível pré-pandemia. A atividade de alojamento e alimentação vendeu em julho apenas 40% do que vendia em março.

Segundo o IBGE, houve avanço em 20 das 27 unidades da federação, com destaques para São Paulo (1,6%) e Rio de Janeiro (3,3%).

Embora o IBGE já veja sinais de "leve recuperação" no mercado de trabalho após a reabertura da economia, economistas dizem que a queda do desemprego depende da saúde do setor de serviços, responsável por 47% das vagas formais no país.

Estudo do Ministério da Economia avalia que indicadores mostram que o setor evolui e a expectativa é de bom desempenho no último trimestre de 2020.

O índice de atividades turísticas do IBGE cresceu 4,8% em julho, na terceira taxa positiva seguida. O segmento de turismo havia acumulado perda expressiva entre março e abril (-68,1%), com as restrições ao transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.

Houve avanço em 9 das 12 unidades da federação, com destaque para São Paulo (5,4%) e Rio de Janeiro (11,5%), seguido por Pernambuco (18,9%), Minas Gerais (5,5%) e Distrito Federal (15,4%). Ceará (-23,0%) e Santa Catarina (-4,8%) exerceram os principais impactos negativos.

Fonte: Folha de S.Paulo
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